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Produção industrial cresce em julho

O aumento no ritmo da produção industrial nacional na passagem de junho para julho, série com ajuste sazonal, foi acompanhada por 11 dos 14 locais pesquisados, com destaque para os avanços mais acentuados assinalados por Amazonas (16,1%), Paraná (7,3%) e Ceará (7,1%). O primeiro interrompeu três meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou redução de 19,9%; o segundo recuperou parte da perda de 8,1% registrada no mês anterior; e o terceiro eliminou o recuo de 6,6% verificado em junho último. Região Nordeste (5,6%), Bahia (4,7%), Santa Catarina (4,0%), Espírito Santo (3,6%), Pernambuco (3,2%), Rio Grande do Sul (1,5%) e Rio de Janeiro (1,2%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (0,7%), enquanto Minas Gerais, com acréscimo de 0,5%, mostrou avanço mais moderado. Por outro lado, Goiás (-2,2%), São Paulo (-1,2%) e Pará (-0,8%) assinalaram as taxas negativas nesse mês e apontaram a segunda queda consecutiva nesse tipo de comparação, acumulando nesse período perdas de -2,6%, -2,6% e -2,7%, respectivamente.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria recuou 0,5% no trimestre encerrado em julho frente ao nível do mês anterior, após também registrar resultados negativos em abril (-0,4%), maio (-0,7%) e junho (-0,9%). Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, 11 locais apontaram taxas negativas, com destaque para as perdas vindas da Bahia (-1,7%), Pernambuco (-1,5%), Região Nordeste (-1,1%), Pará (-0,9%), Rio Grande do Sul (-0,7%), Amazonas (-0,7%) e São Paulo (-0,6%). Por outro lado, Espírito Santo (2,1%) e Rio de Janeiro (2,0%) assinalaram os resultados positivos mais intensos em julho de 2014.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial nacional recuou 3,6% em julho de 2014, com perfil disseminado de resultados negativos em termos regionais, já que 13 dos 15 locais pesquisados apontaram queda na produção. Nesse mês, os recuos mais intensos foram registrados por Rio Grande do Sul (-10,6%), Bahia (-7,5%), Paraná (-6,4%) e São Paulo (-5,8%), pressionados, em grande parte, pela redução na produção dos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, reboques e semirreboques, carrocerias para ônibus e eixos e semieixos para transmissão em veículos automotores), no primeiro local; de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis), no segundo; de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, caminhões e caminhão-trator para reboques e semirreboques), no terceiro, e de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis e caminhões) e de máquinas e equipamentos (bens de capital para fins industriais, agrícolas e para construção), no último. Pernambuco (-4,3%) e Minas Gerais (-3,7%) também assinalaram quedas mais acentuadas do que a média nacional (-3,6%), enquanto Goiás (-3,2%), Região Nordeste (-3,1%), Santa Catarina (-2,7%), Pará (-1,7%), Amazonas (-1,5%), Ceará (-1,5%) e Rio de Janeiro (-1,3%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas.

Por outro lado, Espírito Santo (10,3%) e Mato Grosso (4,8%) assinalaram os avanços nesse mês, impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo dos setores extrativo (minérios de ferro pelotizados e óleos brutos de petróleo) e de metalurgia (bobinas a quente de aços ao carbono), no primeiro local, e de produtos alimentícios (tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e óleo de soja em bruto) e outros produtos químicos (adubos ou fertilizantes), no segundo.
No indicador acumulado para o período janeiro-julho de 2014, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional alcançou 11 dos 15 locais pesquisados, com cinco recuando com intensidade superior à da média da indústria (-2,8%): São Paulo (-5,2%), Bahia (-5,0%), Rio Grande do Sul (-4,9%), Paraná (-4,8%) e Rio de Janeiro (-3,3%). Santa Catarina (-1,8%), Ceará (-1,5%), Minas Gerais (-1,3%), Região Nordeste (-0,5%), Goiás (-0,4%) e Espírito Santo (-0,2%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos no fechamento dos sete primeiros meses de 2014. Nesses locais, o menor dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à redução na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes â?? caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias), bens intermediários (autopeças, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas) e bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da â??linha brancaâ?, motocicletas e móveis). Por outro lado, Pará (10,9%), Amazonas (3,3%), Pernambuco (2,6%) e Mato Grosso (1,1%) assinalaram as taxas positivas no índice acumulado do ano.
A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com o recuo de 1,2% em julho de 2014, manteve a trajetória descendente iniciada em março último (2,0%) e assinalou o resultado negativo mais elevado desde janeiro de 2013 (-1,5%). Em termos regionais, oito dos quinze locais pesquisados apontaram taxas negativas em julho desse ano e 13 assinalaram menor dinamismo frente ao índice de junho último. As principais perdas entre junho e julho foram registradas por Amazonas (de 7,8% para 5,4%), Rio Grande do Sul (de 2,5% para 0,3%), Bahia (de -0,1% para -2,0%), Ceará (de 4,7% para 3,4%), Região Nordeste (de 1,0% para -0,1%) e Paraná (de 0,0% para -1,0%), enquanto Espírito Santo (de -3,0% para -1,4%) e Mato Grosso (de 3,7% para 4,2%) mostraram os avanços entre os dois períodos.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços.